quarta-feira, novembro 15, 2017

Submundo

Eu passei horas na solidão do meu espaço. Pensando, pensando… Algumas coisas me trouxeram náuseas. Lembranças sujas de um submundo que não ganham likes. Palavras que me incomodam. E daí eu me pergunto? Eu preciso passar por isso? É difícil ser você mesmo, é difícil conquistar seu lugar sem incomodar os outros. Eles se incomodam. Eles inventam coisas nojentas. Em um lugar onde tudo é fantasia, tudo é sonho, imaginação, existem os perversos. E eles estão em toda parte. Como passar por isso imune? Como agir e evoluir sem sofrer com as consequências? Como sorrir quando você quer chorar? Tem coisas que não valem, e se valem eu só saberei quando passar. As vezes nem seu sorriso mais sincero e seu silêncio, sua omissão, ajudam a passar despercebido. Isso aqui nunca foi uma luta por holofotes e sim uma batalha por fazer o que se acredita. Mas eu seguirei, deixando eles entenderem que não sou forte o suficiente. Minha fragilidade engana. Anna Jones. Uma personagem roubada para me representar.

segunda-feira, novembro 06, 2017

Ajude Alguém

Eu estava deitada, preparada para dormir e acordar cedo amanhã e cumprir mais uma rotina normal de vida. Trabalhar, ir a academia, estudar, descansar. Mas há duas horas que um pensamento não sai da minha cabeça. Ajude Alguém. Um sentimento vem brotando em mim há algum tempo, de me doar mais. De ajudar mais o próximo. Quando lembro da minha infância, é viva em mim a memória de gostar de ajudar as pessoas. E isso sempre me acompanhou. Mas com o passar dos anos, com as cobranças da vida, a gente vai priorizando a gente. Vai se colando em primeiro lugar. Vai criando obrigações e vai se apegando demais a esse sistema. Sim, precisamos viver. É bom se alimentar bem, se vestir bem, ir treinar na academia, ler bons livros, ir ao cinema. Mas sim, eu posso ter tudo isso e ainda me doar, ainda assim amar mais, ajudar mais, seja quem for, como for. Eu vi agora a pouco, coincidência ou não, apareceu no meu Facebook um pouco da história do jovem que inspirou o filme Into the Wild- Na Natureza Selvagem. Engraçado que eu estava com esses pensamentos e me aparece isso. Eu já vi o filme, mas não lembrava que a frase que Christopher McCandless dizia era: A Felicidade só é real quando compartilhada. Minutos antes eu colocava no meu Facebook que neste Natal eu não quero presentes, e sim que meus amigos e familiares ajudem o primeiro necessitado que encontrar na rua, seja com um prato de comida, seja com uma palavra de amor, porque esse sim é o verdadeiro sentido dessa data. O amor. É esse o motivo de eu estar com esses pensamentos. Eu preciso amar, e preciso influenciar pessoas para isso. Jesus, o grande guia, o grande governador da Terra, nosso irmão, o cara que deixou uma mensagem genial há mais de dois mil anos, nos deixou tudo explicado e ainda estamos escorregando nas suas palavras. Amar ao próximo. Isso quer dizer começar pela minha família, mas também quer dizer ajudar quem for. Por isso hoje decido mudar, decido fazer mais. Eu ainda não sei exatamente como isso tudo vai acontecer. Mas sei que tenho uma missão. De ajudar o maior número possível de pessoas. Fazendo isso como? Influenciando cada vez mais gente a fazer o mesmo. Seja com pequenas atitudes como um abraço, um aperto de mão, conversar, doar alimento, fazer um prato de comida e entregar, ler um poema, visitar um abrigo, ajudar um animal. A caridade mais pura e verdadeira que eu puder fazer. Sempre achei que quando fazemos a caridade não precisamos sair mostrando para os outros, mas acredito em uma coisa muito forte, na corrente do bem. Atitudes positivas geram outras, inspiram pessoas, motivam. E se a gente reclama que só existe desgraça e notícias ruins, não é hora de ajudar a mudar e multiplicar o bem? Sou espírita, é essa doutrina que me sustenta. Mas acima dela, o que a mesma me ensinou. Fora da Caridade não há salvação. Por isso, independentemente de religião, vamos fazer o bem. Porque ele salva, ele transforma o mundo, ele vai nos levar para um lugar melhor, que nós mesmos vamos construir. Esse mundo de provas e expiações é para a gente mudar. " Nunca houve tanto mal, mas nunca se fez tanto o bem."

quinta-feira, junho 29, 2017

E agora?

Quando te vi senti meu coração disparar. O sentimento parece infantil, mas a verdade é que isso é emoção. Quando te senti em meus braços é como se o tempo não tivesse passado. Toda nossa história nos abraçou. Estávamos no meio da rua vivendo um instante mágico. Atraímos os olhares das pessoas, que ao meu ver, parecia uma cena de filme, tudo em câmera muito lenta. Mas por que na minha cabeça isso tudo parece um drama e não um romance? Por que depois de quatro anos você volta como se nunca houvesse um fim. Onde estávamos nesse vácuo de tempo? O que fizemos de nós? Onde erramos e por que nos reaproximamos? Eu não estava arrepiada como na primeira vez em que nos vimos, nem estava atraída simplesmente pela conjunção carnal. Eu estava ali porque você fez parte da minha vida de uma maneira linda e melancólica. Eu estava ali porque precisava sentir seu coração pulsar novamente, precisava olhar nesses olhos brilhantes mais uma vez. Há uns textos anteriores a esse, coisa de alguns anos passados, eu desabafa sobre nosso relacionamento conflituoso. Um duelo sensível mas sem muito mistério. O que havia era um abismo entre o que você queria, ou não sabia o que queria, e eu e meu abismo particular. Eu queria partir. Queria seguir sozinha. Queria conhecer outras pessoas. Queria me sentir, me conhecer, me pertencer. Você passou o dia todo comigo, e ao dormir eu te olhava admirada e com um sorriso no rosto. Porque sim, o sentimento estava ali, vivo. O tempo pode ter camuflado, anestesiado, mas nem ele conseguiu apagar o que eu sinto por ti. E eu te senti, pude saber na hora em que me viu o carinho que sentes por mim. Não sei se posso chamar de amor, na minha imaturidade emocional vou chamá-lo assim. Quatro dias se passaram. Você não deu sinais do que pretende. Veio, mexeu comigo, mexeu com nós, parecia apaixonado. Até então não sei o que queres de mim. Não sei o que pensas da nossa vida a dois. Existe nós dois? Eu sinto no meu peito que você me traz paz, algo que eu não havia sentido até então. Eu viveria novamente contigo. Eu daria mais uma chance para nossa história. Que sempre apertou meu coração por ter um fim. Eu pensava que Deus me daria a oportunidade de apenas me redimir contigo em outra existência, mas não. Ele deixou nosso encontro para essa. E eu sei que tenho muito amor para dar. É como se a gente precisasse dessa ausência um do outro para poder evoluir em outras coisas. Mas agora, ao escrever essas palavras, me deu um frio, um arrepio. Será que você só queria mais uma vez comigo? Será que você só queria “se vingar” de uma forma talvez inconsciente? Sim, nós podemos seguir nossas vidas um seu o outro. Mas eu acharia um desperdício.Assim como você falava quando terminamos. Eu só enxergo isso agora. Que somos sim, feitos sob medida, um para o outro. E agora? O que faremos de nós?

domingo, junho 18, 2017

Domingo Angústia

Quanto tempo perdemos? Na frente da TV, nas telas virtuais? Quantos momentos desperdiças com discussões que não te levam a lugar algum? Para que? Para ter razão? Para enfiar na cabeça do outro o que ele não quer saber? Onde encontra-se a paz? O que vou comer ? A salada tem agrotóxico, o orgânico está caro, a carne incentivo a indústria da matança, esse doce engorda. - Ah, mas se for pensar assim... Preguiça, preguiça de mudar, de sair do lugar, de saber que sim, preciso mudar e ser um ser humano melhor. Você já viu os vídeos que mostram os testes em animais? - Eu não, Deus me livre. Ver os bichos sofrendo. A verdade é que somos fracos, acomodados, involuídos, dependentes de um cotidiano estabelecido. De segunda à sexta sigo a dieta, vou para academia, mas no fim de semana... Ah, daí sou feliz.Daí bebo para esquecer a angústia que é viver. O peso dos meus próprios fracassos. - Ai que louca. Vou para namorar, dançar. Louco é quem não pensa, louco é estar no automático. Louco são esses amores líquidos que viram em nada. Nada, um enorme nada. Dói pensar sim, incomoda saber que muitas vezes não tenho força para ser melhor. Que mesmo sabendo que sou capaz, me apego a desculpas esfarrapadas. - Não são esfarrapadas, a vida já é muito difícil, se você levar tudo a ferro... Tenho minha desconfiança que ninguém veio para cá para passear, tirar férias na Terra. E sim trabalhar, lapidar-se. - Esse papo já tá me cansando. Tenho sim minhas verdades, não consigo desapegar, relaxar assim sem ao menos pensar que não posso mudar o mundo, mas posso me mudar. E isso já dá um puta trabalho. Mudar a si mesmo, conhecer a si mesmo. Quebrar as armadilhas que preparei para me boicotar. Se chove não corro, se deu sol tá calor, se to sem carro simplesmente não vou, se meu amigo mora longe não visito. Se terminei a faculdade, agora vou dar um "tempo para cabeça". - Ai, sério, já é domingo, esse clima de tédio, amanhã trabalho cedo... Espera que sexta-feira você já vai estar feliz novamente. angústia substantivo feminino 1. estreiteza, redução de espaço ou de tempo; carência, falta. 2. estado de ansiedade, inquietude; sofrimento, tormento

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Indecisão

Eu quero ficar sozinho, mas não quero te perder.

sábado, janeiro 23, 2016

Banho de Água Fria

Eu sempre estou ansiosa por você. Você chega, eu quero lhe contar tudo aquilo que me deixou feliz, tudo que me motiva. Você responde legal, sorri meio amarelo. Eu digo: to falando muito? Você: Sim, mas pode falar. Eu continuo. Você responde: Estou muito cansado, to indo deitar. Ok. Ok, não. Puta banho de água fria. Cara, eu sou emoção, eu sou fogo, eu sou ativa. Eu não quero sorrisos amarelos, não quero alguém que não fique feliz por mim, que não ame quem eu amo ser. Eu não quero alguém que me diga como eu devo agir em uma mesa de bar. Não quero alguém que ao dormir comigo, vira para o lado e dorme. Não durmo! Fico pensando: O que estou fazendo aqui? Amor, preciso aprender a te amar incondicionalmente. Sem esperar nada em troca. Mas as vezes dói, as vezes cansa. Eu sinto como se eu que tivesse que tomar uma atitude e partir. Sinto como se minha presença na sua vida fosse como uma pequena opção para ti. Não sinto seu desejo por mim, não sinto sua pele procurando a minha, não sinto tua ânsia de encontrar meu respirar. Essas palavras são com certeza, o epitáfio desse amor.

sábado, outubro 17, 2015

Involuído

Que tarefa difícil essa de aprender. Aprender com as pessoas, com os erros, na dificuldade. Aprender que somos espíritos tentando acertar, no caminho da evolução. Como estamos distantes do superior, dessa energia perfeita e inteligente. Longe ainda de entender que não precisa maliciar, falar maldades, agir em desfavor do próximo. A caridade não se faz apenas com moedas, muitas vezes o ser mais rico financeiramente está pobre de paz ao seu lado. Estamos a todo momento com a língua afiada para falar mal do próximo, isso faz parte do nosso cotidiano, dos nossos costumes, mas como é complexa a tarefa de se auto-analisar. Quando você fala de alguém, você multiplica seu pensamento de negatividade. Não é melhor multiplicar o amor? A guerra é fruto da nossa ignorância, de tudo isso que ainda não entendemos. Esse mundo material, de nada servirá para nós, que me vale acumular? Refletir dói, porque machuca perceber sua própria inferioridade. Incomoda descobrir que todos os seus estímulos para consumo, desejo, carne, matéria, estão equivocados. As emoções muitas vezes são mais fortes que a lembrança do que estamos realmente fazendo aqui. Elas explodem sem pedir licença, sem deixar a gente lembrar da necessidade do exercício: Tentar ser melhor sempre.